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Pompeo exige que militares venezuelanos deixem ajuda humanitária entrar

06/02/2019 17h44

Washington, 6 Fev 2019 (AFP) - O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Mike Pompeo, exigiu nesta quarta-feira (6) que os militares da Venezuela deixem entrar a ajuda humanitária internacional, que o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, vê como um pretexto para invadirem o país.

"O povo venezuelano precisa desesperadamente de ajuda humanitária. Os Estados Unidos e outros países estão tentando ajudar, mas o Exército da Venezuela, sob as ordens de Maduro, está bloqueando a ajuda com caminhões e navios-tanque", escreveu no Twitter o secretário de Estado americano.

"O regime de Maduro deve DEIXAR QUE A AJUDA CHEGUE AO POVO FAMINTO", acrescentou, enfatizando o seu pedido com letras maiúsculas.

O opositor Juan Guaidó, reconhecido por 40 países como autoproclamado presidente interino e única autoridade legítima no país, promove a entrada de assistência humanitária ao povo da Venezuela, apoiado por Estados Unidos, Brasil e Colômbia.

Mas, na terça-feira, uma ponte fronteiriça entre as cidades de Cúcuta (Colômbia) e Ureña (Venezuela) foi bloqueada com um caminhão-cisterna e dois contêineres, em uma operação que o parlamentar Franklyn Duarte atribuiu às Força Armada.

"Aqui na Venezuela não vai entrar ninguém, nem um soldado invasor", afirmou Maduro.

Os Estados Unidos buscam a saída do poder de Maduro, cujo mandato considera "ilegítima" e o qual responsabiliza pela aguda crise econômica que atravessa a outrora potência petroleira, que forçou a saída de pelo menos 2,3 milhões de pessoas desde 2015, segundo a ONU.

O presidente americano, Donald Trump, não descartou a possibilidade de intervenção militar na Venezuela, insistindo que "todas as opções estão sobre a mesa" para "restaurar a democracia" nesse país.

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