Ajuda humanitária do Brasil à Venezuela está cercada de incerteza
São Paulo, 18 Fev 2019 (AFP) - A incerteza sobre a coleta e a entrega de ajuda humanitária do Brasil à Venezuela está crescendo, a apenas seis dias da data anunciada pelo líder opositor venezuelano, Juan Guaidó para a entrada das remessas no país.
Fontes do governo afirmaram à AFP não haver novidades sobre o tema, enquanto a equipe de Guaidó, líder do Parlamento e reconhecido presidente interino por cerca de 50 países, garante que a entrega do carregamento de alimentos e medicamentos vai ocorrer no próximo sábado, 23 de fevereiro, simultaneamente nas fronteiras da Colômbia e do Brasil, além da ilha de Curaçao.
Lester Toledo, coordenador internacional da ajuda humanitária designado por Guaidó, reiterou nesta segunda-feira à AFP que o Brasil tinha assumido o compromisso em uma reunião na semana passada de coletar as doações e transportá-las até a fronteira no dia 23.
A reunião ocorreu em 11 de fevereiro, em Brasília, entre o chanceler Ernesto Araújo, Lester Toledo e María Teresa Belandria, designada por Guaidó como embaixadora do Brasil.
Contudo, militares que trabalham na Operação Acolhida no estado fronteiriço de Roraima afirmam que não receberam instruções a esse respeito.
"O Brasil reconhece Juan Guaidó e sempre esteve disposto a ajudar a Venezuela, está fazendo isso na fronteira com o desenvolvimento da Operação Acolhida", dedicada à atenção aos migrantes que cruzam por via terrestre para o Brasil, disse uma fonte do governo.
Duas fontes que participam da Operação Acolhida explicaram, contudo, que caso o governo resolva seguir em frente com o plano de ajuda humanitária, existe a possibilidade de montar um posto provisório de distribuição em Roraima.
"Todo o resto é especulação", disse a fonte.
O eventual transporte da ajuda de Boa Vista, capital de Roraima, até a fronteira com a Venezuela, situada a 215 km, bem como a entrega das provisões é uma incógnita, a seis dias do prazo anunciado.
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