Especialistas concluem que armas químicas foram usadas na cidade síria de Duma
Haia, 1 Mar 2019 (AFP) - A Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) confirmou nesta sexta-feira que, em um ataque à cidade síria de Duma, em 2018, foi usado cloro contra a população civil.
O relatório da organização rejeita as objeções do principal aliado do regime sírio, a Rússia, e assegura que está provado que dois projéteis carregados com gás tóxico caíram em um bloco de casas em abril do ano passado em Duma.
As potências ocidentais, lideradas pelos Estados Unidos, acusaram o regime do presidente sírio Bashar al-Assad pelo ataque, e lançaram, em resposta, ataques aéreos contra instalações militares.
"Há evidências razoáveis do uso de um agente químico tóxico como arma em 7 de abril de 2018", afirma o texto.
"Este agente químico continha cloro", acrescenta.
A organização, com sede em Haia, já havia informado em julho que os primeiros indícios apontavam para o uso de armas proibidas, que segundo fontes locais, endossadas pela OPAQ, causaram a morte de pelo menos 43 pessoas.
O relatório não confirma, porém, as acusações de que agentes neurotóxicos, mais mortíferos, foram usados no cerco à Duma.
O relatório não faz suposições sobre os responsáveis pelo ataque, porque quando a OPAQ iniciou sua investigação não foi capaz de investigar a autoria, o que já pode fazer atualmente depois de uma reforma das suas normas.
A Rússia rejeitou o relatório e afirmou que o uso de armas químicas era uma fabricação da equipes de resgate voluntárias na Síria conhecidas como "Capacetes Brancos".
A equipe da OPAQ chegou a essas conclusões após coletar amostras de sete locais diferentes em Duma, semanas após o ataque, além de depoimentos diretos, análises balísticas e biomédicas de especialistas.
"Dois cilindros amarelos, usados para armazenar gás" foram encontrados no local do ataque, um dos quais atravessou o telhado de um prédio, explicou a organização.
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