Bispos se retiram de diálogo entre governo e oposição na Nicarágua
Manágua, 4 Mar 2019 (AFP) - A Conferência Episcopal da Nicarágua anunciou nesta segunda-feira (4) a sua retirada das negociações entre o governo e a oposição por considerar que não é "ineludível" no processo.
"Entendemos que não somos de ineludível necessidade para tais negociações", disseram os bispos católicos em um comunicado, divulgado durante o quarto dia de negociações.
O governo e a oposição discutem o "roteiro" das negociações para superar a crise política vivida na Nicarágua desde abril de 2018, quando o governo reprimiu violentamente uma onda de protestos contra o governo, que deixou pelo menos 325 mortos e centenas de detidos.
"Não recebemos nenhuma correspondência" das partes para mediar as conversas, assinalou a hierarquia da Igreja, que analisou o processo de negociação durante uma "sessão extraordinária".
Lembrou que o cardeal Leopoldo Brenes participou do primeiro dia de diálogo, em 27 de fevereiro, "como um gesto e ato de boa vontade" de parte da Igreja Católica.
"Agradecemos que em algum momento tenhamos sido levados em conta" para mediar, acrescentaram no comunicado, no qual adiantaram que vão continuar orando para que a Nicarágua "encontre caminhos civilizados e justos para uma solução pacífica".
A mídia local informou que o governo de Daniel Ortega teria vetado a presença no diálogo de bispos críticos de sua administração, o que teria incomodado os religiosos.
Um representante do Vaticano, o núncio apostólico Waldemar Stanislaw Sommertag, continua participando das negociações.
jr/mas/dg/cb
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