Rússia reclama acesso consular ao ex-espião Skripal, mas Grã-Bretanha se opõe
Nações Unidas, Estados Unidos, 5 Mar 2019 (AFP) - A Rússia exige acesso consular ao ex-duplo espião russo Sergei Skripal e sua filha Yulia, envenenado com o agente nervoso Novitchok em 4 de março de 2018 em Salisbury, na Inglaterra, disse o embaixador adjunto de Moscou na ONU, Dimitri Polyanski.
"Nós ainda não sabemos quem fez isso, o motivo e como", disse o diplomata em uma coletiva de imprensa dedicada ao polêmico incidente, que derivou em expulsões trocadas entre Londres e seus aliados e Moscou, além de sanções econômicas americanas e europeias.
"Onde estão os Skripal?", "Ainda estão vivos?", "Não temos absolutamente nenhuma informação", continuou Dimitri Polyanski, especulando sobre uma possível "detenção forçada" ou "sequestro".
Sergei Skripal e sua filha Yulia "estão vivos" e não estão nem detidos nem sob custódia das autoridades britânicas, assegurou, por sua vez, um representante diplomático de Londres, em condição de anonimato.
São "cidadãos livres" que "não querem ver o governo russo". Não se pode conceder uma visita consular quando a pessoa não está detida e se recusa a fazê-lo, acrescentou o funcionário britânico. "Pediram que sua vida privada fosse respeitada", assinalou.
Apoiadas por outros governos ocidentais, as autoridades britânicas acusaram Moscou de estar por trás do envenenamento do ex-agente duplo. Foi emitida uma ordem de detenção europeia contra dois russos, Alexander Petrov e Ruslan Bochirov, possíveis pseudônimos, suspeitos de perpetrar o ataque e reportados como membros da Inteligência militar russa (GRU).
Skripal e sua filha foram hospitalizadas em coma antes de se recuperarem, de acordo com Londres, que se recusa a dar detalhes sobre sua situação atual.
"Há muitos mistérios" neste caso, assinalou o embaixador russo ajunto na ONU novamente negando a responsabilidade de Moscou e enfatizando que "não há provas definitivas" para sustentar as acusações. "Não temos nada a ver com essa história", disse.
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