Senado dos EUA votará contra 'emergência nacional' de Trump, diz líder republicano
Washington, 4 Mar 2019 (AFP) - O líder da maioria republicana no Senado dos Estados Unidos, Mitch McConnell, reconheceu nesta segunda-feira (4) a altíssima probabilidade de que a Câmara alta rejeite a "emergência nacional" decretada pelo presidente Donald Trump.
Em 26 de fevereiro, a Câmara baixa, controlada pela oposição democrata, já havia votado contra essa medida de exceção que permite ao presidente eludir o Congresso para desbloquear fundos destinados a financiar a construção de um muro na fronteira com o México para impedir a imigração clandestina.
O Senado, onde os republicanos controlam 53 das 100 cadeiras, deve se pronunciar a respeito nos próximos dias, em uma data ainda não determinada.
Quatro senadores republicanos já anunciaram que votarão junto com os democratas contra a "emergência nacional", enquanto outros se mostraram incomodados pelo decreto de Trump, que, em sua visão, excedeu os poderes do Executivo.
Com essas deserções, a resolução que proclama a anulação da emergência nacional declarada por Trump em 15 de fevereiro de 2019 alcançará a maioria necessária para ser adotada.
De qualquer forma, para que essa lei entre em vigor, Donald Trump deve assiná-la. O presidente já anunciou que não fará isso e que irá vetá-la. Nesse caso, parece improvável que o Congresso possa suspender o veto presidencial, para o qual é necessária uma maioria de dois terços em ambas as Câmaras.
"No Senado, o que parece claro é que há votos suficientes para adotar uma resolução de desaprovação (da emergência nacional), que será então vetada pelo presidente", disse McConnell. O veto, muito provavelmente, será posteriormente "mantido pela Câmara".
"Eu estava entre os que esperavam que o presidente não escolhesse a opção da 'emergência nacional'", declarou o senador em entrevista coletiva em Louisville, Kentucky, estado que ele representa.
McConnell admitiu sua preocupação de que, no futuro, um presidente democrata possa imitar Trump para eludir o Congresso em questões polêmicas.
"Essa foi uma das razões pelas quais eu implorei ao presidente, evidentemente sem sucesso, que ele não escolhesse essa opção", detalhou o líder republicano.
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