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Trump acusa os democratas do "maior abuso de poder" da história dos EUA

Em 2012, Cohen, Trump, o diretor financeiro de longa data Allen Weisselberg e um outro executivo do conglomerado do presidente se reuniram com um repórter da Forbes para tentar superestimar os dados apurados. - GettyImages
Em 2012, Cohen, Trump, o diretor financeiro de longa data Allen Weisselberg e um outro executivo do conglomerado do presidente se reuniram com um repórter da Forbes para tentar superestimar os dados apurados.
Imagem: GettyImages

Washington

05/03/2019 12h14

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou, nesta terça-feira (5), os democratas pelo "maior abuso de poder na história" dos Estados Unidos, depois do anúncio de uma nova investigação contra ele no Congresso.

"É o maior abuso de poder na história do nosso país. Os democratas estão obstruindo a justiça e não vão conseguir fazer nada", disse Trump em uma série de tuítes matinais em que incluiu a mensagem em letras maiúsculas: "PRESIDENTE ASSEDIADO".

"O verdadeiro crime é o que os democratas estão fazendo e fizeram!", acrescentou.

Os democratas, que assumiram o controle da Câmara de Representantes em janeiro após as eleições no ano passado, suspeitam que Trump é responsável por crimes que podem levar à sua demissão.

A poderosa Comissão Judicial parlamentar lançou na segunda-feira (4) uma ampla investigação sobre o presidente Donald Trump, na qual pediu documentos de 80 personalidades e organizações, incluindo dois filhos do chefe de Estado republicano e seu genro, Jared Kushner.

A investigação se centra em suspeitas de "obstaculização da Justiça, corrupção e outros abusos de poder por parte do presidente Trump, seus associados e membros de sua administração".

Esta contactou 81 pessoas e organizações, entre elas Eric e Donald Jr. Trump; Allen Weisselberg, o diretor financeiro da empresa do presidente, a Organização Trump; o advogado pessoal do presidente, Jay Sekulow; ex-responsáveis da Casa Branca como Steve Bannon, Sean Spicer e Hope Hicks; além do fundador do WikiLeaks, Julian Assange.

No e-mail que enviou a esses destinatários, a comissão os insta a entregar os documentos solicitados até 18 de março.

Trump qualificou de "farsa" a investigação democrata, mas assegurou que cooperaria "com todo mundo".

E, mais uma vez, rejeitou as suspeitas de conluio de sua equipe com a Rússia durante a campanha presidencial de 2016.

Sua porta-voz, Sarah Sanders, denunciou a investigação como "vergonhosa e abusiva".