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EUA vão punir entidades estrangeiras que financiarem Maduro

06/03/2019 15h14

Washington, 6 Mar 2019 (AFP) - Os Estados Unidos tomarão medidas punitivas contra organizações estrangeiras que ajudarem a financiar o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, cuja autoridade não reconhece, alertou a Casa Branca nesta quarta-feira.

A decisão, anunciada pelo conselheiro de segurança nacional do presidente Donald Trump, John Bolton, faz parte do ataque de Washington para forçar a saída de Maduro, cuja reeleição é considerada resultado de fraudes.

"Os Estados Unidos apoiam fortemente a transição democrática na Venezuela liderada pelo presidente interino Juan Guaidó e a Assembleia Nacional, e realiza várias iniciativas para apoiar esta transição", disse Bolton em um comunicado.

Washington "adverte as instituições financeiras estrangeiras que haverá sanções por participar na facilitação de transações ilegais que beneficiem Nicolas Maduro e sua rede corrupta. Nós não permitiremos que Maduro roube a riqueza do povo venezuelano", afirmou.

Reconhecido pelos Estados Unidos e mais de 50 países, Guaidó, chefe da Assembleia Nacional (Parlamento), se autoproclamou presidente interino em 23 de janeiro, invocando a Constituição e comprometendo-se a organizar novas eleições.

Desde 2015, Washington sancionou dezenas de autoridades venezuelanas e ex-autoridades, incluindo o próprio Maduro, acusando-as de violações dos direitos humanos, corrupção e tráfico de drogas.

Além disso, aplicou um embargo ao petróleo da Venezuela, crucial para sua economia, que entrará em vigor em 28 de abril.

Vinte anos após a chegada ao poder de Hugo Chávez, que morreu em 2013, a Venezuela, politicamente dividida e em default parcial, atravessa uma crise econômica sem precedentes, marcada por uma hiperinflação e uma grave escassez de produtos básicos.

Cerca de 2,7 milhões de venezuelanos fugiram de seu país desde o agravamento da situação em 2015, segundo dados da ONU.

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