Pesquisadores australianos asseguram que o dingo não é cão selvagem
Sydney, 6 Mar 2019 (AFP) - Pesquisadores australianos asseguram que o dingo não é um cão selvagem, mas uma espécie diferente, razão pela qual precisa ser reclassificado para catalogá-lo como fauna autóctone.
Cerca de 20 pesquisadores de diferentes universidades australianas observaram que o dingo tem muitas características que o diferenciam dos cães domésticos e outras espécies de caninos selvagens.
Em um artigo publicado na terça-feira na revista Zootaxa, os pesquisadores afirmam que por causa do isolamento geográfico e estado selvagem da Austrália durante um milênio "existem poucas evidências" que indiquem que este animal selvagem é um cão.
"Não há nenhuma evidência histórica de domesticação quando o dingo chegou na Austrália, e o grau de domesticação antes de sua chegada é incerto e provavelmente baixo, em comparação com os cães domésticos", declarou em um comunicado Bradley Smith, da Universidade Central de Queensland.
A classificação do dingo é fonte de intenso debate na comunidade científica.
O Museu Australiano, o mais antigo do gênero no país, considera o dingo um "cão selvagem" que provavelmente chegou à Austrália com humanos da Ásia há cerca de 4.000 anos.
Sua classificação tem diferentes consequências para sua conservação na Austrália, onde é considerado uma ameaça aos animais domésticos e pecuários, embora alguns argumentem que favoreça o controle de pragas, como gatos selvagens e raposas.
Os planos de controle dos dingos diferem entre os estados, em alguns casos podem ser capturados e caçados.
Os pesquisadores que afirmam que ele não é um cão, argumentam que o governo deveria apresentar uma política para classificá-lo como espécie nativa, o que proporcionaria maior proteção.
Os ataques deste animal contra seres humanos são raros. Apesar disso, esta semana, um turista francês e seu filho tiveram que receber assistência médica por um ataque de dingo na Ilha Fraser.
ddc/fox/pa/mb/mr
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