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Acidente no sul do México mata 25 emigrantes centro-americanos

8.mar.2019 - Caminhão no qual viajava um grupo de migrantes centro-americanos capotou em Chiapas, no México - Novedades de Tabasco via EFE
8.mar.2019 - Caminhão no qual viajava um grupo de migrantes centro-americanos capotou em Chiapas, no México Imagem: Novedades de Tabasco via EFE

08/03/2019 06h08

Ao menos 25 emigrantes centro-americanos morreram ontem e outros 32 ficaram feridos no capotamento do caminhão de carga em que viajavam por uma estrada do estado mexicano de Chiapas, na fronteira com a Guatemala, informaram as autoridades locais.

O acidente ocorreu por volta das 18h (hora local; 21h em Brasília), no trecho do rio Bombona, a cerca de 5 quilômetros da localidade de Francisco Sarabia.

"O caminhão de três toneladas saiu da estrada que liga os municípios centrais de Ixtapa e Soyaló", afirmou a Promotoria de Chiapas em um comunicado

Entre as vítimas fatais está uma menor de idade, informou o diretor de emergências da Cruz Vermelha local, Isidro Hernández. Policiais permanecem na região e trabalham para procurar outras eventuais vítimas.

Hernández disse que provavelmente 80 pessoas viajavam no caminhão e que algumas podem ter optado por fugir após o acidente.

A estrada onde ocorreu a tragédia não é uma rota habitual para o trânsito de emigrantes, que geralmente entram no México de maneira ilegal cruzando o rio Suchiate, na fronteira com a Guatemala.

De acordo com fontes da Promotoria, os centro-americanos entraram no território mexicano pela área conhecida como La Mesilla e foram transportados em seguira para a região de Los Altos de Chiapas. Deste ponto pretendiam seguir até o estado vizinho de Veracruz.

A cada ano, centenas de centro-americanos abandonam seus países --principalmente Honduras, El Salvador e Guatemala-- para fugir da violência e da pobreza. Eles sonham em chegar aos Estados Unidos em busca de uma vida melhor.

Muitos deles viajam em caravanas como uma medida de segurança ante o caminho longo e perigoso, mas outros contratam os serviços de traficantes de pessoas que os transportam em caminhões lotados e em péssimas condições de salubridade.

Em outubro do ano passado, uma caravana que chegou a reunir 7.000 pessoas viajou de Honduras até Tijuana.