Brasileiras se reúnem no 8 de março e criticam Bolsonaro
Rio de Janeiro, 9 Mar 2019 (AFP) - Milhares de pessoas se reuniram nesta sexta-feira no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Brasília pelo Dia Internacional da Mulher, para reivindicar pautas feministas e protestar contra o governo de Jair Bolsonaro.
Pouco antes da mobilização, a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, criticou a "ideologia" que atrapalha a igualdade entre gêneros e disse que as autoridades agora vão ensinar os meninos a "levar flores" e "abrir a porta" para as meninas.
No Rio, mulheres de todas as idades participaram da marcha com mensagens em cartazes, camisetas e broches como "Parem de nos matar", "Lute como uma garota", "Feminismo é revolução" e "Marielle presente" - referindo-se à vereadora assassinada há quase um ano.]
O protesto em Brasília teve cerca de 3 mil pessoas e no centro de São Paulo, algumas centenas.
"O Brasil já é campeão em feminicídios, violência contra LGBTs. Ter numa posição de poder pessoas que verbalizam homofobia, racismo, machismo e misoginia de uma forma tão contundente acende um sinal verde para que essa violência se propague ainda mais", opinou à AFP Consuelo Bassanesi, manifestante de 43 anos, administradora de um centro artístico de ativismo cultural.
"Marielle estaria nessa praça aqui com a gente", garantiu Bassanesi na Cinelândia.
A vereadora negra e lésbica foi assassinada a tiros em 14 de março de 2018 com seu motorista Anderson Gomes.
A deputada federal Talíria Perone (Psol), que era amiga de Marielle, veio de Brasília para participar da marcha, na qual também se viam bandeiras de sindicatos e partidos de esquerda e máscaras do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"A lembrança de Marielle é a negação de tudo isso que esse atual governo do Brasil quer impulsionar", afirmou a deputada.
Bolsonaro afirmou durante um ato no Palácio do Planalto que seu gabinete, integrado por 20 homens e 2 mulheres, está "equilibrado".
"Pela primeira vez na vida o número de ministros e ministras está equilibrado em nosso governo. Temos 22 ministérios, com 20 homens e duas mulheres, mas com um pequeno detalhe: cada uma delas [Damares Alves, ministra da Mulher e Direitos Humanos, e Tereza Cristina, da Agricultura], valem por dez homens".
"A garra das duas transmite energia para os demais" ministros, disse Bolsonaro entre risos.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.