Congresso declara estado de alerta na Venezuela ante 'calamidade' por apagão
Caracas, 11 Mar 2019 (AFP) - A maioria opositora do Parlamento da Venezuela, a pedido de seu presidente Juan Guaidó, declarou nesta segunda-feira estado de "alerta nacional" ante a "calamidade pública" gerada pelo apagão que afeta o país petroleiro há quatro dias.
"Declara-se o estado de alerta (...) em todo o território nacional, devido à calamidade pública gerada pela interrupção sustentada do abastecimento elétrico que afetou a grande maioria dos venezuelanos", indica o decreto proposto por Guaidó, reconhecido como presidente interino por mais de 50 países, no qual pede "cooperação internacional" para superar a grave crise.
Com o estado de alerta, vigente por 30 dias e que poderá ser prorrogado pelo mesmo período, Guaidó pediu a "cooperação internacional" para superar a crise e determinou aos representantes diplomáticos que nomeou no exterior a coordenar o apoio internacional.
O presidente interino também ordenou aos militares e aos corpos de segurança que se "abstenham de impedir ou obstruir" os protestos no país, que voltarão às ruas nesta terça-feira.
Mas o alcance do "alarme nacional" não deve ser significativo em um país onde Maduro controla as Forças Armadas e praticamente todas as instituições do Estado.
Desde a quinta-feira, a Venezuela está paralisada por um apagão que atingiu Caracas e 22 dos 23 estados do país.
Guaidó justificou a declaração do "alerta nacional" diante da "catástrofe" que tem custado a vida de "dezenas" de pessoas nos hospitais, além da escassez de água, alimentos, falta de comunicações e paralisação dos transportes.
"Não há normalidade na Venezuela e não vamos permitir que se normalize a tragédia (...), por isto este decreto", disse Guaidó, atribuindo à "corrupção e à ineficiência do regime" pela falta de eletricidade.
Maduro afirma que o apagão foi provocado por "um ataque cibernético eletromagnético" dirigido pelos Estados Unidos contra a hidroelétrica de Guri, no estado de Bolívar.
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