Secretaria da OEA rejeita 'incursão militar russa' na Venezuela
Washington, 25 Mar 2019 (AFP) - A secretaria-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) rejeitou nesta segunda-feira "a recente incursão militar russa" na Venezuela para apoiar o governo "ilegítimo" de Nicolás Maduro.
"É inadmissível que um governo estrangeiro tenha programas de cooperação militar com um regime usurpador que foi declarado ilegítimo por resoluções e o direito interamericano, o que atenta contra a paz e a segurança hemisférica", declara o gabinete do secretário-geral, Luis Almagro.
A OEA declarou em 10 de janeiro passado ilegítimo o segundo mandato de Maduro, iniciado naquele dia, em uma resolução aprovada por 19 de seus 34 membros ativos.
Nesta segunda-feira, a secretaria-geral da OEA reafirmou que a presença de tropas e transporte militar russo no território venezuelano viola a Constituição por não estar autorizada pela Assembleia Nacional.
Os militares estrangeiros são um "instrumento de amedrontamento repressivo no contexto de uma transição democrática liderada pelo presidente interino, Juan Guaidó", destaca o gabinete de Almagro.
Ao menos 50 países, entre eles Estados Unidos, Canadá e Brasil, não reconhecem o governo de Maduro e declaram Guaidó como o presidente interino da Venezuela encarregado de organizar novas eleições.
O secretário americano de Estado, Mike Pompeo, acusou nesta segunda-feira a Rússia de agravar as tensões na Venezuela com sua presença militar para apoiar o atual "regime" e advertiu que Washington não ficará de "braços cruzados".
Já o ministro russo das Relações Exteriores, Serguéi Lavrov, acusou os Estados Unidos de tratar de organizar um "golpe de Estado" na Venezuela.
ad/lr
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