Cinco países europeus na ONU rejeitam Golã como território israelense
Nações Unidas, Estados Unidos, 26 Mar 2019 (AFP) - Cinco países europeus que compõem o Conselho de Segurança da ONU rejeitaram na terça-feira a decisão dos Estados Unidos de reconhecer as colinas de Golã como território israelense e expressaram preocupação com as consequências dessa declaração.
A Bélgica, o Reino Unido, a França, a Alemanha e a Polônia insistiram que a posição europeia nas Colinas de Golã não mudou, então continuam a ser território sírio ocupado por Israel, de acordo com o direito internacional consagrado nas resoluções das Nações Unidas.
"Não reconhecemos a soberania de Israel sobre os territórios ocupados por Israel desde junho de 1967, incluindo as Colinas de Golã, e não os consideramos parte do território do Estado de Israel", disse a repórteres o embaixador belga Marc Pesteen, da Buytswerve.
"Expressamos nossa grande preocupação com as consequências mais amplas do reconhecimento da anexação ilegal e também sobre as consequências regionais mais amplas", disse ele, ladeado pelos embaixadores dos outros quatro países.
Três resoluções do Conselho de Segurança da ONU pedem a Israel que se retire do Golã, que conquistou da Síria na Guerra dos Seis Dias de 1967 e anexou em 1981, um passo nunca reconhecido internacionalmente.
Na segunda-feira, o presidente Donald Trump assinou uma proclamação reconhecendo esse patamar estratégico como um território israelense, em uma ruptura com décadas de política dos EUA.
O embaixador interino dos EUA na ONU, Jonathan Cohen, disse em uma reunião do Conselho de Segurança sobre Oriente Médio que Washington tomou a decisão de confrontar o presidente sírio Bashar al-Assad e o Irã.
"Permitir que as colinas de Golã sejam controladas por regimes como o sírio e o iraniano seria fechar os olhos para as atrocidades do regime de Assad e a presença maligna e desestabilizadora do Irã na região", disse Cohen.
"Não pode haver um acordo de paz que não atenda satisfatoriamente às necessidades de segurança de Israel nas colinas de Golã", acrescentou.
A Rússia e a China protestaram contra a decisão dos EUA durante a reunião do conselho, assim como a Indonésia e a África do Sul, dois países que apoiam os palestinos.
Espera-se que o Conselho de Segurança discuta a decisão dos EUA na quarta-feira, quando se reunir para discutir o futuro da missão de paz da ONU implantada no Golã, conhecida como FNUOS.
cml/jm/ad/lda/cc
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso do UOL.