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Americano que matou três muçulmanos é condenado à prisão perpétua

13/06/2019 19h30

Washington, 13 Jun 2019 (AFP) - O americano Craig Hicks, de 50 anos, foi condenado nesta quinta-feira à prisão perpétua por matar três estudantes muçulmanos em fevereiro de 2015, um caso que gerou indignação no país e no mundo.

Hicks aceitou se declarar culpado, na quarta-feira, em troca de a acusação renunciar à pena de morte.

Em fevereiro de 2015, Hicks matou Deah Barakat, de 23 anos, sua esposa Yusor Abu-Salha, de 21 anos, e a irmã desta, Razan Abu-Salha, de 19 anos, na cidade universitária de Chapel Hill, na Carolina do Norte.

Sempre afirmou que atacou suas vítimas por um conflito entre moradores.

Um vídeo gravado por Dean Barakat antes de morrer, exibido durante a audiência desta quarta-feira, mostra como Craig Hicks foi ao apartamento do casal para reclamar que eles haviam usado sua vaga de estacionamento.

A família das vítimas considera que isso era um pretexto e que Hicks agiu movido por sua hostilidade em relação ao Islã, e por isso pediu que a justiça considerasse o ocorrido como um crime de ódio.

Para embasar seu argumento, a família citou durante o julgamento as mensagens antirreligiosas que o acusado havia publicado nas redes sociais e suas múltiplas discussões com seus vizinhos negros ou estrangeiros, mas as autoridades judiciais se negaram a levar em conta o fator de ódio, uma circunstância agravante segundo a lei.

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