Bispos dos EUA aprovam decisão do Papa sobre denúncia de abusos sexuais
Washington, 13 Jun 2019 (AFP) - A Igreja católica americana, abalada há anos por escândalos de pedofilia, aprovou nesta quinta-feira o documento do Papa que obriga o clero a denunciar suspeitas de abusos sexuais e reforça o sistema de alerta sobre supostas vítimas.
Reunidos em Baltimore, no estado de Maryland, os membros da conferência episcopal americana ratificaram - por ampla maioria - a lei canônica decretada pelo Papa Francisco em maio.
Os bispos também aprovaram a criação, antes de 31 de maio de 2020, de um sistema para permitir as denúncias de agressões de forma confidencial, por telefone ou Internet, com a colaboração do pessoal laico.
Na carta apostólica "Vos estis lux mundi" ("Vós sois a luz do mundo"), Francisco estabeleceu normas mais rígidas que obrigam os padres e religiosos a denunciar qualquer suspeita de agressão sexual ou assédio, bem como todo o encobrimento de tais atos pela hierarquia católica.
Segundo o documento, todas as dioceses do mundo deverão implementar dentro de um ano um sistema acessível ao público para apresentar relatórios sobre as denúncias de potenciais casos de abusos sexuais, que serão examinados em um prazo de 90 dias.
A Igreja Católica americana vive uma profunda crise de confiança após revelações sobre agressões sexuais praticadas por padres, geralmente contra menores, que foram abafadas.
Em agosto de 2018, uma investigação das autoridades da Pensilvânia revelou abusos sexuais cometidos durante décadas por mais de 300 padres contra ao menos mil crianças.
O escândalo provocou a demissão do cardeal Donald Wuerl, suspeito de tentar encobrir os abusos quando era bispo de Pittsburgh, entre 1988 e 2006.
Outro cardeal influente, Theodore McCarrick, foi destituído em fevereiro por ter agredido sexualmente um adolescente na década de 70.
cyj/sdu/lr
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