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Piñera anuncia reforma ministerial no Chile

13/06/2019 18h36

Santiago, 13 Jun 2019 (AFP) - O presidente chileno, Sebastián Piñera, anunciou, nesta quinta-feira (13), uma profunda reforma ministerial que afeta seis pastas, após a queda no índice de aprovação de seu governo.

Piñera anunciou os novos titulares das pastas das Relações Exteriores, Saúde, Economia, Obras Públicas, Economia, Desenvolvimento Social e Energia numa cerimônia no palácio presidencial de la Moneda, pouco depois da divulgação de uma pesquisa que registrou uma queda de 12 pontos percentuais na popularidade do governo (25%) em relação ao registrado em dezembro, atingindo assim um nível mais baixo do que sua antecessora Michelle Bachelet (2014-2018).

Nessa dança das cadeiras, quatros ministros saem do gabinete, enquanto dois apenas mudaram de ministérios.

O Ministério das Relações Exteriores, por exemplo, passa a ser comandado pelo advogado Teodoro Ribera no lugar de Roberto Ampuero, criticado por sua falta de experiência nesta área.

Alfredo Moreno deixa Desenvolvimento Social e assume Obras Públicas (MOP), enquanto Juan Andrés Fontaine sai do MOP para comandar a Economia.

Piñera também anunciou alterações nas pastas de Saúde e Energia.

"Quero compartilhar com todos meus compatriotas algumas mudanças no Gabinete que considero necessárias para esta nova etapa que nosso país vive (...) Este 2019 será um ano mais exigente e por muitas razones", declarou Piñera, após uma breve cerimônia de posse que colocou fim a dias de especulações na imprensa.

Apesar dos intensos rumores e da pressão da oposição, Piñera optou por deixar intacto o chamado "Comitê Político" de seu gabinete. O órgão é formado pelos titulares da Fazenda, da Secretaria Geral do Governo e a da Presidência.

"Há um problema na condução política, por tanto não se entende qual é o sentido das mudanças anunciadas nesta quinta-feira", criticou o presidente do partido de oposição Democracia Cristã, Fuad Chahín.

A reforma - segunda em seu governo - acontece 15 meses depois da chegada deste presidente conservador ao poder, após ganhar sua segunda presidência para suceder à socialista Michelle Bachelet.

"Todas estas modernizações e reformas, apesar de nossa permanente vontade de diálogo e busca de acordos, não avançaram com a velocidade e profundidade que o país e os chilenos requerem", justificou o presidente.

Depois de um bom primeiro ano, no qual a economia chilena se expandiu 4%, o início do segundo ano de governo foi mais turbulento, com a desaceleração da economia em um contexto internacional incerto e marcado por conflitos sociais - entre eles, uma greve de professores que já dura quase duas semanas.