Topo

Boris Johnson exclui possibilidade de voltar a prorrogar o Brexit

14/06/2019 14h44

Londres, 14 Jun 2019 (AFP) - O ex-ministro britânico das Relações Exteriores Boris Johnson, favorito na disputa para suceder Theresa May em Downing Street, advertiu nesta sexta-feira que se nega a considerar um novo adiamento do Brexit se não se chegar a um acordo antes do fim de outubro.

Implemantar a saída britânica da União Europeia é o grande desafio que espera o próximo primeiro-ministro, após a demissão de May por não ter sabido convencer os deputados britânicos a aprovar o acordo de divórcio que negociou com Bruxelas.

Johnson, que, nesta quinta-feira, chegou à liderança do primeiro turno das votações para escolher seu sucessor, promete que o Brexit, já adiado por duas vezes, não o será pela terceira vez, e que o divórcio será efetivo até o fim de outubro, com ou sem um acordo renegociado com a UE.

"Devemos estar fora em 31 de outubro. E acho que seria realmente estranho afirmar, neste momento, que o governo britânico estaria disposto, mais uma vez, a acenar com a bandeira branca e atrasar mais uma vez" a saída da UE, disse Johnson à rádio BBC nesta sexta-feira.

O ex-chanceler, grande favorito para suceder May, garantiu "não aspirar a uma saída sem acordo", mas considerou "absolutamente vital" preparar-se para esta eventualidade. Também afirmou que não compartilha "o pessimismo (dos círculos econômicos) sobre as consequências de um Brexit sem acordo".

Se não perder votos na semana que vem, Johnson já terá garantido um lugar entre os dois finalistas às primárias.

No entanto, ele recebeu duras críticas de outros candidatos por ser o único que não participará do debate de domingo no canal de televisão Channel 4, embora tenha confirmado sua participação na noite de terça-feira na BBC.

eg-pau/acc/me/cc

Twitter