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Grevistas da mina chilena de Chuquicamata entram em confronto com a polícia

18/06/2019 14h07

Santiago, 18 Jun 2019 (AFP) - Trabalhadores em greve da mina Chuquicamata da Codelco, maior produtora mundial de cobre, entraram em confronto com a polícia nas primeiras horas desta terça-feira em seu quinto dia de paralisação.

Em comunicado, a Codelco condenou "os atos de violência que ocorreram como resultado do chamado irresponsável dos líderes dos sindicatos 1, 2 e 3, para exercer medidas radicais de pressão em meio a greve legal".

De acordo com a estatal, que produz 9% de cobre do mundo, as "ações colocaram em risco a segurança dos próprios manifestantes e dos trabalhadores que não estão em greve", impedindo a livre circulação de veículos que transportavam trabalhadores que deixavam seu turnp e o bloqueio do acesso à mina.

Os sindicatos denunciaram, por sua vez, uma repressão excessiva pelas forças especiais da polícia, que os repeliram com jatos de água e gás lacrimogêneo.

"Este é o diálogo da Codelco e sua administração ante uma greve legítima no norte do Chile", afirmou o Sindicato 3 em um comunicado.

Como resultado dos confrontos, cinco trabalhadores foram presos, denunciou o sindicato.

Localizada perto da cidade de Calama, a cerca de 1.500 km ao norte de Santiago, a mina de Chuquicamata opera a meia capacidade em razão da greve, aderida por 3.200 de seus 4.600 trabalhadores.

Os grevistas exigem melhores condições de trabalho, na véspera de uma nova fase de exploração subterrânea na mina de cobre, que hoje produz 320.000 toneladas métricas de fino (TMF) por ano.

Os trabalhadores em greve rejeitaram a mais recente oferta apresentada pela empresa no âmbito de um novo acordo coletivo, que incluía um bônus de quase US$ 16.000 mais um empréstimo de outros 4.000.

Os grevistas dizem que o ponto central da discórdia não é o valor do bônus, mas a necessidade de melhorias nos planos de saúde, especialmente para os trabalhadores que terão que deixar a mina quando a nova fase operacional começar.

Pa/af/lda/mr/cc