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EUA diz não haver condições de negociar com a Coreia do Norte

27.fev.2019 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un - Leah Millis/Reuters
27.fev.2019 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un Imagem: Leah Millis/Reuters

19/06/2019 18h04

O enviado especial dos Estados Unidos para a Coreia do Norte, Stephen Biegun, disse nesta quarta-feira (19) que não há pré-condições para retomar as negociações com Pyongyang, e exigiu maiores ações para a desnuclearização do país asiático.

O representante americano destacou que a promessa de Pyongyang de abandonar as armas nucleares é chave para melhorar a relação entre os dois países, uma semana depois de o presidente Donald Trump afirmar que tinha recebido uma "linda carta" do líder norte-coreano, Kim Jong Un.

"Não podemos fazer avanços suficientes sem passos significativos e verificáveis sobre a desnuclearização", disse Biegun no centro de análises Atlantic Council. "Está absolutamente no centro disto", disse.

Biegun afirmou, no entanto, que este avanço nuclear não é uma condição para retomar as negociações, quando a via diplomática entre Pyongyang e Washington está estagnada desde a cúpula de fevereiro entre Kim e Trump, a segunda entre os dois líderes depois do primeiro e histórico encontro, um ano atrás.

Trump ofereceu uma nova relação com a Coreia do Norte, com uma possível ajuda à sua combalida economia, se Kim abandonar seu programa de armas nucleares.

Mas os assessores de Trump têm insistido em não suspender as sanções econômicas enquanto a Coreia do Norte não adote ações concretas.

Biegun expressou seu agradecimento aos funcionários da Coreia do Norte e minimizou a reportagem de um jornal sul-coreano, segundo o qual um alto funcionário norte-coreano, Kim Hyok Chol, foi executado depois da cúpula de Hanói.

"Não sabemos e tenderia a pensar que um pouco disso é exagerado, mas parte disso se deve ao fato de que muito do que acontece com a Coreia do Norte é obscuro para nós", disse.