Sindicatos convocam greve geral no Uruguai contra Petrobras e OIT
Montevidéu, 24 Jun 2019 (AFP) - A principal central sindical uruguaia, PIT-CNT, convocou uma greve geral para esta terça-feira no país, em protesto pela saída da brasileira Petrobras e contra uma decisão da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre a negociação salarial no país.
A paralisação, que afetará todos os setores, se dá em um momento de mercado de trabalho fraco no Uruguai, com a economia estagnada após quase 16 anos de crescimento, perto das eleições presidenciais de outubro.
A convocação "em defesa do emprego", das "condições de trabalho" e "da negociação coletiva", ocorre ainda em um contexto difícil para o movimento sindical, que enfrenta um conflito aparentemente sem saída com a Petrobras.
A estatal brasileira anunciou sua saída do Uruguai e vai se desfazer tanto da rede de postos de gasolina, como do serviço de distribuição de gás encanado.
A empresa demitiu funcionários do setor de gás em meio a uma guerra de fome de trabalhadores que querem que firma abandone a concessão do serviço de distribuição de gás natural, que faz desde 2004.
O conflito se aprofundou com o passar dos dias, e os trabalhadores pedem o envolvimento do governo de Tabaré Vázquez em uma solução.
Enquanto a empresa alega que a atividade de distribuição de gás no Uruguai é deficitária, os trabalhadores denunciam que os cortes de empregos põem em risco o abastecimento. A empresa garante que acumula 116 milhões de dólares em prejuízos em 15 anos de operações no Uruguai.
A greve de terça também serpa um protesto contra uma denúncia das câmaras empresariais diante da OIT.
No país de 3,4 milhões de habitantes, existe a "negociação coletiva" de empresárias e trabalhadores com mediação do governo para estabelecer ajustes salariais periódicos. A OIT incluiu o Uruguai em uma lista de 24 países questionador por seu sistema de negociação coletiva.
mr/piz/ll/mvv
PETROBRAS - PETROLEO BRASILEIRO
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