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PCC é suspeito por roubo com morte no Paraguai

07/07/2019 22h03

Asunción, 8 Jul 2019 (AFP) - Autoridades paraguaias informaram que um ataque violento com bomba perpetrado neste domingo em uma agência bancária no sul do Paraguai por cerca de 30 homens fortemente armados deixou um morto e dois feridos. Os homens estariam ligados a um grupo criminoso do Brasil.

As primeiras investigações indicam que, pelas características da ação, os ladrões poderiam pertencer ao Primeiro Comando da Capital (PCC), disse Walter Vázquez, porta-voz da polícia.

"Foi um ato de violência excessivo, com o emprego de muitas pessoas, armas e dinamite de alta potência que utilizados contra uma agência bancária que não recebe muito dinheiro", disse o ministro do Interior, Ernesto Villamayor, a repórteres.

Os assaltantes invadiram a agência bancária de Visión en Liberación, localizada a 400 km ao norte da capital paraguaia, no departamento de San Pedro.

Antes da retirada, eles incendiaram um carro em frente à sede do banco e espalharam pregos ao longo da rota de acesso para evitar que a polícia os alcançasse.

Um jovem de 18 anos que passava pelo local morreu em consequência da explosão de uma bomba, que praticamente destruiu toda a vitrine do banco. Outras duas pessoas ficaram feridas.

"Houve três explosões que atingiram minha casa", disse Helen González, vizinha do banco, a repórteres.

"Passamos momentos de terror", acrescentou, observando que a ação criminosa durou cerca de 15 minutos.

O ministro do Interior disse que várias hipóteses sobre o assalto de domingo estão sendo consideradas, incluindo que os autores de roubos podem ter recebido informações errôneas sobre a quantia em depósito, ou que poderia ser um recado da organização criminosa suspeita.

Em 16 de junho, os brasileiros do PCC, presos em San Pedro, capital do departamento de mesmo nome, a poucos quilômetros do assalto de domingo, organizaram um motim sangrento que deixou 10 mortos como prisioneiros, cinco deles com a garganta cortada.

Em 2017, outros trinta criminosos do PCC perpetraram um ousado assalto em Ciudad del Este (330 km a leste, na tríplice fronteira com o Brasil e a Argentina), onde um guarda morreu.

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