China pede ao governo dos EUA anulação imediata de projeto de venda de armas a Taiwan
Pequim, 9 Jul 2019 (AFP) - A China pediu nesta terça-feira ao governo dos Estados Unidos que "anule imediatamente" o projeto de venda de 2,2 bilhões de dólares em armas a Taiwan, incluindo tanques de combate e mísseis antiaéreos.
"A venda de armas dos Estados Unidos a Taiwan viola seriamente o princípio de uma só China (...) interfere gravemente nos assuntos internos da China e prejudica sua soberania e interesses de segurança", afirmou o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Geng Shuang.
O Congresso americano tem 30 dias para apresentar uma objeção à venda, que inclui principalmente 150 tanques e 250 lança-mísseis terra-ar, o que parece pouco provável.
"A China pede aos Estados Unidos que anule imediatamente este projeto de venda de armas a Taiwan e interrompa qualquer vínculo militar entre Taiwan e Estados Unidos", declarou Geng.
O porta-voz chinês destacou em uma entrevista coletiva a necessidade de evitar um prejuízo às relações entre Pequim e Washington.
A iniciativa de venda acontece em um momento de tensão entre China e EUA, que protagonizam uma guerra comercial desde o ano passado.
A China considera Taiwan parte de seu território. A ilha não é reconhecida como um Estado independente pela ONU.
O governo chinês "expressou o profundo descontentamento, assim como a firme oposição, e já protestou oficialmente ante os Estados Unidos", acrescentou Geng.
Washington, que rompeu relações diplomáticas com Taiwan em 1979 para reconhecer Pequim como único representante da China, continua sendo, no entanto, o aliado mais poderoso da ilha e seu principal fornecedor de armas.
Esta não é a primeira vez que o governo americano autoriza venda de armas a Taiwan, que a cada vez provoca a ira da China.
prw/lth/fox/mis/pc/fp
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