EUA impõe sanções contra políticos do Hezbollah
Washington, 9 Jul 2019 (AFP) - O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos impôs sanções aos políticos eleitos pertencentes ao grupo Hezbollah, incluindo pela primeira vez os legisladores libaneses Amin Sherri e Mohamad Hasan Raad em sua lista negra.
O Hezbollah, um movimento xiita aliado do Irã, está na lista dos EUA de "organizações terroristas", mas esta é a primeira vez que as sanções atingem autoridades eleitas.
"O Hezbollah usa seus operadores no Parlamento libanês para manipular as instituições em apoio aos interesses financeiros e de segurança do grupo terrorista e para impulsionar as atividades malignas do Irã", disse o subsecretário encarregado do Terrorismo e Inteligência Financeira, Sigal Mandelker.
De acordo com o Departamento do Tesouro, esta ação procura destacar como o Hezbollah usa seu poder político para "corromper e explorar o sistema financeiro e de segurança do Líbano".
"As nomeações de hoje também enfatizam que não há distinção entre o Hezbollah político e suas atividades violentas", disseram autoridades americanas.
No comunicado, o Departamento do Tesouro cita uma declaração de 2001 de Mohamad Hasan Raad, que se referiu à organização como "um partido de resistência militar" e disse que "não há separação entre política e resistência".
As sanções também atingem Wafiq Safa, um importante membro da organização, próximo do secretário-geral Hasan Nasrallah.
O Hezbollah recebe estas sanções como "uma humilhação para o povo libanês", declarou Ali Fayad, deputado do partido, citado por um canal de televisão libanês. Fayad pediu ao Parlamento e ao governo libaneses para denunciá-las "oficialmente".
Desde que obteve 13 cadeiras nas eleições de 2018, o Hezbollah integra a coalizão de governo do Líbano, e atualmente controla três ministérios.
A partir de 2017, ao menos 50 pessoas ou entidades ligadas ao Hezbollah foram colocadas na lista negra do departamento do Tesouro.
A decisão de Washington ocorre em um contexto no qual os Estados Unidos estão aumentando a pressão sobre o Irã e seus supostos associados no Oriente Médio, incluindo o Hezbollah, a quem Washington culpa por encorajar ataques "terroristas".
bur-an/ll/ll/cc
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.