Salvini pede informe sobre acampamentos ciganos ilegais na Itália
Roma, 16 Jul 2019 (AFP) - O ministro italiano do Interior, Matteo Salvini, solicitou nesta terça-feira um relatório sobre a presença de acampamentos ciganos no país, com o objetivo de fechá-los.
Salvini, que também é vice-primeiro-ministro e líder da Liga (extrema-direita), exigiu que os prefeitos escrevam "um relatório sobre a presença de "romanis e sinti" (grupos ciganos), assim como de "caminanti" (nômades do sul da Itália), informou o ministério em um comunicado.
"O objetivo é verificar a presença de acampamentos ilegais para estabelecer um plano de expulsão", disse ele, acrescentando que os prefeitos têm duas semanas para apresentar seus relatórios.
Romanis e sinti são grupos ciganos tradicionalmente itinerantes que vivem na Europa há séculos.
O Conselho da Europa estima entre 120.000 e 180.000 o número de ciganos, sinti e caminanti presentes na Itália, uma das menores proporções desta população entre os países europeus.
Na Itália, mais da metade tem a nacionalidade do país peninsular, trabalho regular e moradia, mas sua integração social não é fácil e as manifestações contra eles são muito frequentes.
De acordo com um relatório de 2017 da Associação de 21 de julho, que se preocupa com a defesa dos direitos dos romani e dos sinti, 26.000 romani, sinti e caminanti viviam em habitações ou campos improvisados.
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