EUA acusam quatro chineses de colaboração com programa militar norte-coreano
Washington, 23 Jul 2019 (AFP) - O governo dos Estados Unidos abriu processo na justiça contra quatro chineses acusados de colaboração com o programa militar da Coreia do Norte, informou nesta terça-feira (23) o Departamento de Justiça.
"Através de mais de 20 empresas de fachada, os processados são acusados de terem procurado esconder transações financeiras ilegais em nome de entidades norte-coreanas sancionadas que estavam envolvidas na proliferação de armas de destruição em massa", disse o procurador-geral adjunto, John Demers.
Ma Xiaohong, executivo da Dandong Hongxiang Industrial Development Co. Ltd (DHID), e outros três funcionários da empresa foram acusados por um Grande Júri federal em Nova Jersey, de acordo com um comunicado da procuradoria.
Segundo a acusação, DHID trabalhou com a empresa norte-coreana Korea Kwangson Banking Corp. (KKBC), que tem laços com outras duas empresas norte-coreanas sancionadas, Tanchon Commercial Bank (Tanchon) e Korea Hyoksin Trading Corporation (Hyoksin).
Tanchon e Hyoksin são objeto de sanções devido a seus vínculos com a Korea Mining Development Trading Co. (KOMID), considerada pelos Estados Unidos como principal comerciante de armas e exportadora de bens e equipamentos relacionados com mísseis balísticos e armas convencionais da Coreia do Norte.
Os réus enfrentam uma sentença máxima de 20 anos de prisão e uma multa de um milhão de dólares por violar a Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional (IEEPA, pela sigla em inglês).
Também podem ser punidos com até cinco anos de prisão por conspiração para violar a IEEPA e a mais 20 anos por conspiração para lavagem de dinheiro.
bur-an/yow/mps/dga/lca/mvv
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