Maduro acusa Colômbia de 'manobra' para 'iniciar conflito militar' com Venezuela
Caracas, 4 Set 2019 (AFP) - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou nesta terça-feira o governo da Colômbia de utilizar a mobilização de dissidentes da extinta guerrilha das Farc para uma "manobra" visando "começar um conflito militar" entre os dois países, e decretou "alerta" na fronteira.
"O governo da Colômbia não apenas meteu a Colômbia em uma guerra que recrudesce, mas agora pretende uma armação para agredir a Venezuela e começar um conflito militar contra nosso país", disse Maduro, acusado por Bogotá de apoiar líderes guerrilheiros.
O presidente fez a advertência em um ato no qual ordenou à Força Armada a declarar "alerta" na fronteira com a Colômbia diante da "ameaça de agressão".
"Ordenei ao Comandante Estratégico Operacional da Força Armada", almirante Remigio Ceballos, "e a todas as unidades militares da fronteira que declarem um alerta laranja diante da ameaça de agressão da Colômbia contra a Venezuela".
Maduro, que não precisou o que implica um "alerta laranja", culpou Bogotá por provocar uma "escalada" com acusações falsas.
O presidente também convocou exercícios militares na fronteira binacional entre 10 e 28 de setembro para "afinar todo o sistema de armas, todo o sistema operacional".
O líder colombiano, Iván Duque, acusou Maduro de abrigar um grupo dissidente das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) que, liderado por Iván Márquez, ex-número dois do movimento guerrilheiro, anunciou no final de agosto a retomada da luta armada.
O governo de Duque "quer acusar a Venezuela de ser a causa de uma guerra de 70 anos na Colômbia (...). Essa guerra é da Colômbia e, lamentavelmente, está recrudescendo, apesar dos acordos de paz", respondeu Maduro.
Em maio, Maduro decretou um "alerta máximo" da Força Armada diante de uma possível "escalada militar", após a Colômbia acusar a Venezuela de ser refúgio para mais de mil combatentes da guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN).
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