Tempestade ameaça Bahamas após devastação do furacão Dorian
Miami, 13 Set 2019 (AFP) - Uma nova tempestade ameaça atingir as Bahamas nesta sexta-feira, onde há ao menos 1.300 desaparecidos devido a passagem do furacão Dorian, há dez dias.
O Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC) informou que há uma alta probabilidade de que uma tempestade tropical traga ventos fortes e chuvas torrenciais ao centro e noroeste das Bahamas.
O fenômeno estava à 00H00 GMT (21H00 Brasília) 380 km a sudeste das Ilhas Ábacos, com 80% de probabilidade de se converter em tempestade tropical nas próximas 48 horas, segundo o NHC.
No noroeste do arquipélago, cerca de 1.300 pessoas estão desaparecidas após a passagem do Dorian, informaram as autoridades na quinta-feira.
As autoridades disseram que o furacão devastador, de categoria 5, deixou até agora 50 mortos. Mas também expressaram o temor de que o número aumente significativamente.
"Segundo a informação que tenho e o que sei, há centenas de pessoas mortas", disse na quarta-feira o ex-premier Hubert Ingraham, citado pelo jornal Nassau Guardian.
"Não dou atenção à cifra de 50", disse Ingraham, após percorrer as Ilhas Ábaco.
"Centenas de pessoas morreram em Ábaco e um número significativo em Grande Bahama", a outra ilha severamente afetada pelo furacão, disse.
A busca de pessoas "é um processo lento", disse o comissário de Polícia das Bahamas, Anthony Ferguson, em uma coletiva de imprensa. "Temos que atravessar todos estes escombros, tomar nosso tempo e buscar".
"Passará muito tempo até que se possa dizer o número (final)".
Carl Smith, porta-voz da NEMA, disse que 150 pessoas estavam atualmente em refúgios na ilha de Grande Bahama e 2.000 em Nova Providência, situada em Nassau.
"Não recebemos mais muitas pessoas deslocadas das ilhas Ábaco", acrescentou.
O porta-voz também informou que as autoridades tinham suspendido a deportação de imigrantes ilegais que foram afetados pela tempestade. As Bahamas têm uma vasta comunidade de haitianos, e alguns dos que se encontram irregularmente no arquipélago expressaram o temor de serem expulsos.
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