Movimento indígena no Equador diz aceitar 'diálogo direto' com Moreno
Quito, 12 Out 2019 (AFP) - O movimento indígena que protesta no Equador anunciou, neste sábado (12), que apoiará o "diálogo direto" proposto pelo presidente Lenín Moreno, visando a negociar uma saída para a crise deflagrada pelos ajustes econômicos firmados com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
"Depois de um processo de consulta com as comunidades, organizações, povos, nacionalidades e organizações sociais, decidimos participar do diálogo direto" com Moreno, afirmou a Confederação de Nacionalidades Indígenas (Conaie), em um comunicado.
A organização reconsiderou sua negativa inicial e aceitou um encontro cara a cara com o presidente para discutir "a anulação ou a revisão do decreto" sobre as reformas econômicas, após 11 dias de protestos que deixaram cinco mortos e quase 2.000 feridos e detidos.
Ontem, Moreno considerou "indispensável frear a violência" e convidou a Conaie a "encontrar soluções" frente ao apelo da liderança de radicalizar as ações após o fracasso de uma primeira tentativa de aproximação a pedido da ONU e da Igreja Católica.
O movimento indígena disse que a proposta não tinha "credibilidade", insistindo em que se sentaria para conversar apenas com a revogação do decreto que eliminou subsídios e aumentou os combustíveis em até 123%.
Neste sábado, os indígenas, desta vez liderados pelas mulheres, foram às ruas, em um contexto de novas propostas e de focos de violência contra os ajustes.
Um fotógrafo da AFP observou manifestantes com o rosto coberto, ou com capacetes, ateando fogo e saqueando um prédio da Controladoria, no norte de Quito.
A sede foi atacada com coquetéis molotov e, pouco depois, um grupo de homens entrou no edifício. Pelo Twitter, a ministra de Governo, Maria Paula Romo, anunciou o isolamento da área para "que as equipes de resgate pudessem atender ao incêndio e ao pessoal dentro" do imóvel.
bur-vel/gma/tt
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