China reafirma rejeição a novas tarifas americanas
Pequim, 22 Out 2019 (AFP) - A China repetiu nesta terça-feira que não concorda com a ameaça de novas tarifas americanas, no momento em que o governo dos Estados Unidos afirma que um acordo comercial com Pequim "avança bem" e poderia ser assinado pelo presidente Donald Trump no próximo mês.
O acordo de princípio, que ainda precisa ser levado ao papel, é fruto de novas discussões comerciais entre negociadores chineses e americanos.
O representante americano do Comércio (USTR), Robert Lighthizer, afirmou na segunda-feira que o acordo comercial parcial com a China "avança bem", mesmo com "questões por solucionar". Lighthizer não explicou quais são os problemas.
Em dezembro, novas tarifas alfandegárias de 15% devem entrar em vigor nos Estados Unidos sobre produtos chineses de grande consumo.
"Desaprovamos a tática que consiste em ameaçar com tarifas a cada etapa [...] e em exercer máxima pressão sobre a China", afirmou nesta terça-feira o vice-ministro chinês das Relações Exteriores, Le Yucheng, em um fórum sobre defesa em Pequim.
"Defendemos uma evolução nas relações entre China e Estados Unidos baseada na coordenação, cooperação e estabilidade", completou.
O acordo de princípio inclui tópicos sobre direitos de propriedade intelectual, questões estruturais sobre agricultura, serviços financeiros, um acordo de compra de produtos agrícolas, informou o governo americano. Também prevê dispositivos sobre divisas e regras sobre a aplicação do acordo.
Lighthzier confirmou a Trump que o acordo deve estar preparado para a assinatura em novembro no Chile, à margem da reunião do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC).
ehl-sbr/lth/lth/bc/es
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