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EUA impõe sanções ao entorno do líder supremo iraniano Ali Khamenei

04/11/2019 17h16

Washington, 4 Nov 2019 (AFP) - Os Estados Unidos incluíram nesta segunda-feira (4) em sua lista negra nove membros do entorno do líder supremo iraniano Ali Khamenei, que ocupam cargos em várias instituições-chave, anunciou o Departamento do Tesouro nos 40 anos da tomada de reféns da embaixada americana em Teerã.

"Esta medida reduz ainda mais a capacidade do líder supremo de implementar sua política de terror e de opressão", disse o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, em um comunicado, avaliando que as pessoas sancionadas estão "vinculadas a um grande número de atos nefastos realizados pelo regime".

O governo de Donald Trump já tinha sancionado o aiatolá Khamenei em junho. Desta vez, dispôs medidas punitivas contra vários funcionários nomeados por ele, que terão os bens congelados nos Estados Unidos e serão proibidos de fazer negócios com os americanos.

Entre os sancionados nesta segunda estão o chefe do sistema judiciário, Ebrahim Raisi, e Mojtaba Khamenei, segundo filho do líder supremo, a quem o pai teria delegado parte de suas responsabilidades, segundo o Tesouro americano.

O chefe de gabinete de Khamenei, Mohamad Mohamadi Golpayegani, e Vahid Haghanian, que é frequentemente apresentado como o braço-direito do aiatolá, também foram incluídos na lista negra, junto com outros assessores.

Estas sanções se somam a uma longa lista de medidas tomadas pelos Estados Unidos para cortar o apoio financeiro a Teerã desde que o presidente Trump denunciou, em maio de 2018, o acordo internacional destinado a impedir que a República islâmica desenvolvesse a bomba atômica.

Por ocasião dos 40 anos do início da tomada de reféns na embaixada dos Estados Unidos em Teerã, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, pediu às autoridades iranianas a "liberar de imediato todos os americanos declarados desaparecidos ou detidos injustamente".

Mencionou expressamente o ex-agente do FBI Robert Levinson, o investigador Xiyue Wang e o homem de negócios iraniano-americano Siamak Namazi.

Também anunciou uma recompensa de até 20 milhões de dólares por qualquer informação que permita encontrar e repatriar Robert Levinson, ex-colaborador da CIA desaparecido em março de 2007, no Irã, "com implicação do regime", o que Teerã nega. Washington o considera "o refém mais antigo da história americana".

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