Rússia denuncia ações violentas da oposição boliviana que forçaram renúncia de Morales
Moscou, 11 Nov 2019 (AFP) - A Rússia denunciou nesta segunda-feira a onda de violência orquestrada pela oposição boliviana para forçar o presidente Evo Morales a renunciar ao cargo, uma situação que segundo Moscou recorda "um golpe de Estado".
"Uma onda de violência provocada pela oposição impediu Evo Morales a terminar seu mandato presidencial", afirmou o ministério russo das Relações Exteriores.
Em um comunicado, o ministério indica que o governo boliviano "queria uma solução baseada no diálogo político, mas os acontecimentos recordam um golpe de Estado".
O ministério russo pediu a toda as força políticas bolivianas que encontrem uma "via constitucional para sair da crise".
A Rússia é aliada vários governos de esquerda da América Latina, começando por Cuba e Venezuela.
Ao mesmo tempo, a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, pediu moderação a toras as partes na Bolívia após a renúncia de Morales no domingo, por pressão de manifestantes e dos militares.
"Após os acontecimentos na Bolívia, gostaria de expressar claramente o nosso desejo de que todas as partes do país exerçam moderação e responsabilidade", declarou Mogherini.
Ela também pediu a todos no país que o "dirijam de maneira pacífica e tranquila para novas eleições, eleições confiáveis que permitam ao povo da Bolívia expressar sua vontade democrática".
Evo Morales, 60 anos, o presidente latino-americano que estava há mais tempo no poder, renunciou no domingo após violentos protestos, e depois de perder o apoio do exército e da polícia.
alf/apo/bl/zm
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