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Unesco projeta acordo mundial de reconhecimento de diplomas

13/11/2019 16h58

Paris, 13 Nov 2019 (AFP) - Os Estados-membros da Unesco se pronunciarão nos próximos dias sobre um projeto de acordo mundial que tornará possível o reconhecimento de diplomas de nível superior de um país para o outro.

Este projeto, que está sendo preparado e debatido há pelo menos oito anos, será examinado na comissão a partir de quinta-feira e será submetido à aprovação dos Estados-membros reunidos em Paris de terça a 27 de novembro para a 40ª reunião de Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).

Seu objetivo é "facilitar a mobilidade e a inclusão", "dar a todos os estudantes o direito à educação e dar aos países a oportunidade de não perder as habilidades das pessoas em movimento", disse a vice-diretora da Unesco, Stefania Giannini, durante uma coletiva de imprensa.

Se aprovada, será a primeira Convenção Mundial das Nações Unidas para o Ensino Superior, que complementará as cinco convenções regionais existentes sobre o assunto, sob a direção da ONU.

"Hoje, as trocas são muito complicadas, exceto dentro da mesma região. Precisamos de diretrizes, um sistema no qual saibamos como dirigir os alunos", afirmou Giannini. "A mobilidade é crucial", acrescentou.

Além disso, esta convenção deve beneficiar migrantes e refugiados que não tenham reconhecimento de suas qualificações no país anfitrião e, frequentemente, na ausência de um documento que a comprove, não podem continuar seus estudos ou procurar um emprego em sua área.

Para resolver esse problema específico, a Unesco também lançou recentemente um Passaporte de Qualificação para refugiados e migrantes vulneráveis, baseado no modelo de Passaporte Europeu para Qualificação de Refugiados, lançado pela Agência Norueguesa de Garantia da Qualidade da Educação e do Conselho da Europa.

Os primeiros 15 desses "passaportes" foram emitidos para refugiados na Zâmbia, que abriga grandes campos de refugiados. A experiência deve ser estendida no próximo ano para outras regiões, como a América Latina, segundo a Unesco.

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