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Putin promete aperfeiçoar arma envolvida em incidente radioativo

08.set.2019 - O presidente russo Vladimir Putin vota durante eleições em Moscou - Alexey Nikolsky/AFP
08.set.2019 - O presidente russo Vladimir Putin vota durante eleições em Moscou Imagem: Alexey Nikolsky/AFP

22/11/2019 16h15

O presidente russo, Vladimir Putin, prometeu que Moscou vai aperfeiçoar uma misteriosa arma envolvida em uma explosão letal que provocou um pico de radioatividade no extremo-norte do país.

Segundo as autoridades, o acidente causou a morte de sete pessoas em 8 de agosto passado. Entre eles, cinco funcionários da Agência Nuclear Rosatom, que trabalhavam em uma base militar secreta perto da cidade de Severodvinsk.

Putin fez sua promessa em uma cerimônia realizada na quinta à noite no Kremlin, entregando às viúvas das vítimas condecorações póstumas. As imagens foram divulgadas nesta sexta.

"O próprio fato de possuir uma tecnologia tão notável constitui hoje a esperança mais importante e confiável para garantir a paz no mundo", afirmou, após apresentar suas condolências "mais profundas".

"Aconteça o que acontecer, aperfeiçoaremos esta arma", frisou, retomando uma promessa já formulada em agosto pelas autoridades russas.

Ao entregar às viúvas a Ordem do Valor atribuída a seus maridos, o presidente Putin insistiu em que o armamento que Moscou desenvolve deve garantir "a soberania e a segurança da Rússia para as próximas décadas" e que os falecidos "haviam vivido com honra".

Segundo especialistas americanos, o acidente teria acontecido, provavelmente, durante testes de um míssil de cruzeiro, com propulsão nuclear: o 9M730 "Burevestnik". Moscou nunca confirmou o envolvimento deste sistema.

Este míssil é uma das novas armas apresentadas em 2018 e, de novo em 2019, pelo presidente russo. Causou sensação, ao prometer uma nova geração de armamentos "invencíveis", "indetectáveis", ou "hipersônicos".

Após o incidente, detectou-se um breve pico de radioatividade, que incluía isótopos radioativos de estrôncio, bário e lantânio. Moscou negou, porém, qualquer "contaminação radioativa".