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Países do TIAR aprovam punição a líderes venezuelanos

03/12/2019 20h48

Bogotá, 3 dez 2019 (AFP) - Países signatários do Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR) reunidos em Bogotá aprovaram nesta terça-feira punições a diversos membros do governo de Nicolás Maduro, informou a chancelaria da Colômbia.

No total, 29 pessoas, incluindo Diosdado Cabello, número dois do chavismo, sofrerão sanções econômicas e "medidas de restrição de entrada e trânsito" nos Estados membros do TIAR, destaca uma nota oficial.

A Organização dos Estados Americanos (OEA), organismo depositário do acordo, publicou a lista dos punidos e os pontos aprovados na sessão plenária.

"Estas 29 pessoas e seus familiares não vão poder abrir conta em banco de qualquer dos países (membros do TIAR), não vão poder passar pelos aeroportos destes países e há vários outros que na próxima reunião serão incluídos nas sanções", declarou à imprensa Carlos Trujillo, embaixador dos Estados Unidos junto à OEA.

A reunião, presidida pela chanceler colombiana, Claudia Blum, teve a participação de delegados de Brasil, Argentina, Chile, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Haiti, Honduras, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Estados Unidos e do representante do opositor venezuelano Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino por mais de 50 países.

No dia 23 de setembro passado, 16 dos 19 países membros do TIAR resolveram identificar entidades e pessoas associadas ao governo Maduro envolvidas em atividades ilícitas e vinculadas ao crime organizado internacional.

- Palhaços -Maduro reagiu qualificando de fracasso a reunião de "palhaços" dos países que integram o TIAR.

"Fracassou a reunião do TIAR. Foi uma reunião de fantoches, de palhaços", disse Maduro em rede nacional de rádio e TV.

O líder venezuelano chamou o presidente da Colômbia, Iván Duque, de participou da reunião do TIAR, de "imbecil que tem incendiado o seu país..." e agora tenta "desviar a atenção para a imensa crise" na Colômbia.

Maduro reafirmou sua denúncia de que Duque tem criado "várias montagens" para provocar um conflito armado na fronteira e invadir a Venezuela com a ajuda de Washington.

"Com ou sem TIAR não poderão com a Venezuela", afirmou o líder chavista.

dl-lv/lr