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Partido de Keiko Fujimori é investigado pelo caso Odebrecht no Peru

Keiko Fujimori, que saiu da prisão no fim de novembro, nega as acusações - Guadalupe Pardo/Reuters
Keiko Fujimori, que saiu da prisão no fim de novembro, nega as acusações Imagem: Guadalupe Pardo/Reuters

Em Lima

07/12/2019 12h20

O Força Popular, principal partido político de oposição liderado por Keiko Fujimori, foi incorporado às investigações por supostamente ter recebido dinheiro para sua campanha eleitoral da construtora brasileira Odebrecht.

A medida foi ordenada pelo juiz Víctor Zúñiga, do Tribunal de Investigação Preparatória Especializado em Crime Organizado, a pedido do promotor José Domingo Pérez, da equipe especial LavaJato/Odebrecht.

"Declaro fundado o requisito de incorporação como pessoa jurídica, levantado pelo Ministério Público e, consequentemente, ao partido político da Força Popular neste processo criminal", afirma o documento divulgado pela imprensa.

A tese é que existe uma organização criminosa que foi constituída no partido Força Popular com o objetivo de obter poder político e receber dinheiro ilícito.

Além disso, afirma que esse suposto grupo criminoso é liderado por Keiko Fujimori.

A disposição permite que o promotor José Domingo Pérez solicite a possível suspensão ou dissolução do partido político quando a investigação do caso Odebrecht for concluída.

Há uma semana, Keiko Fujimori, 44 anos, foi libertada da prisão após 13 meses detida preventivamente pelo escândalo Odebrecht, após a decisão do Tribunal Constitucional (TC), que declarou fundado um recurso judicial que buscava sua liberdade.

A justiça a acusa de ter obstruído as investigações da promotoria anticorrupção sobre as contribuições milionárias que teria recebido da construtora Odebrecht para sua campanha.

De acordo com a promotoria, a líder do Força Popular teria recebido contribuições ilegais da Odebrecht pelo valor de 1,2 milhão de dólares para sua campanha eleitoral em 2011, em um escândalo que também atinge quatro ex-presidentes, incluindo o social-democrata Alan García (1985-1990 e 2006-2011), que se suicidou em abril, quando seria preso.

Keiko Fujimori nega as acusações.