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Ataque jihadista à base no Níger deixa 71 mortos

22.jan.2013- O presidente do Níger, Mahamadou Issoufou (de branco) - Boureima Hama/AFP
22.jan.2013- O presidente do Níger, Mahamadou Issoufou (de branco) Imagem: Boureima Hama/AFP

Niamei

11/12/2019 23h19

Um ataque a uma base militar no Níger deixou 71 mortos nesta quarta-feira (11), informou o ministério da Defesa do país africano.

"Infelizmente, lamentamos o balanço seguinte: 71 militares mortos, 12 feridos, pessoas desaparecidas e um número importante de terroristas neutralizados", diz o texto lido na TV nacional.

Um balanço precedente de uma fonte de segurança reportou mais de 60 mortos.

Na ação, que ocorreu na região de Inates, perto da fronteira com Mali (oeste), "os terroristas bombardearam o local com projéteis e morteiros, e as explosões de combustível e munições são a principal causa deste grande número de vítimas" entre os militares, acrescentou a fonte.

"Os combates", que duraram três horas, foram de "uma inusitada violência, com disparos de artilharia e veículos suicidas por parte do inimigo".

O ministério da Defesa destacou que "a situação está atualmente sob controle", e que foi iniciada a busca dos agressores, que fugiram para "além das nossas fronteiras".

O presidente do Níger, Mahamadou Issoufou, "interrompeu sua participação na Conferência sobre Paz, Segurança e Desenvolvimento Sustentável na África, realizada no Egito, para retornar a Niamey (capital de Níger) por conta da tragédia", divulgou o governo através do Twitter.

Já o presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou na noite desta quarta-feira que acertou com Mahamadou o adiamento da cúpula dos cinco dirigentes do Sahel, prevista para 16 de dezembro, em en Pau (sul da França), para o início de 2020.

A cúpula analisará a operação Barkhane e a força conjunta do G5 Sahel.

O ataque desta quarta é o mais mortal sofrido pelo exército de Níger desde 2015, e ocorreu no dia seguinte a outro atentado contra um quartel em Agando, na região de Tahoua (oeste), também perto do Mali, no qual faleceram "3 soldados e 14 terroristas", segundo o Ministério da Defesa.

Na terça-feira, o conselho de ministros "prorrogou por um período de três meses" o estado de emergência decretado desde 2017 em vários departamentos de Tillaberi e Tahoua para tentar interromper as ações violentas.

Essa medida concede poderes adicionais às forças de segurança no local, incluindo a capacidade de solicitar buscas noturnas em residências.