Aung San Suu Kyi denuncia na CIJ "fotografia incompleta e enganosa" sobre os rohingyas
Haia, 11 dez 2019 (AFP) - Aung San Suu Kyi, que já foi considerada um ícone da democracia em Mianmar, afirmou nesta quarta-feira na Corte Internacional de Justiça (CIJ) que Gâmbia apresentou uma "fotografia incompleta e enganosa" da situação da minoria muçulmana rohingya.
"Lamentavelmente, Gâmbia apresentou à Corte uma fotografia incompleta e enganosa da situação no estado de Rakhine", declarou Aung San Suu Kyi em uma audiência na qual defende os interesses de Mianmar, país acusada de genocídio.
"Certamente, nas circunstâncias, a tentativa de genocídio não pode ser a única hipótese", completou a vencedora do prêmio Nobel da Paz de 1991 diante dos juízes do tribunal com sede em Haia.
A líder birmanesa admitiu que o exército pode ter feito um uso desproporcional da força, mas afirmou que isto não é prova de que tentava aniquilar esta minoria.
Gâmbia, em nome dos 57 Estados membros da Organização da Cooperação Islâmica, iniciou uma ação judicial contra o país do sudeste asiático, por considerar que Mianmar violou a Convenção para a Prevenção e Sanção do Delito de Genocídio, um tratado do direito internacional aprovado em 1948.
Desde agosto de 2017, quase 740.000 rohingyas buscaram refúgio em Bangladesh para escapar dos abusos do exército birmanês e das milícias budistas, chamados de "genocídio" por investigadores da ONU.
cvo/mar/bl/fp
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