Alemanha protesta após sanções dos EUA contra gasoduto russo
Berlim, 12 dez 2019 (AFP) - A Alemanha protestou nesta quinta-feira após a imposição pelos Estados Unidos de sanções contra empresas que colaboram com o gasoduto russo Nord Stream 2, que Berlim considera crucial para seu fornecimento, mas que segundo seus críticos reforça a influência de Moscou na Europa.
A Alemanha justificava até agora o projeto - que deve começar a funcionar no final do ano - com os argumentos econômicos, mas agora adota uma linha de defesa mais política.
"A política energética europeia é decidida na Europa e não nos Estados Unidos. Rejeitamos por princípio as intervenções e as sanções exteriores que têm efeitos extraterritoriais", afirmou no Twitter o ministro alemão das Relações Exteriores, Heiko Maas.
Um responsável do partido social-democrata, aliado governamental dos conservadores de Angela Merkel, opinou que os "Estados Unidos volta ao faroeste, onde somente se aplica a lei do mais forte".
O Nord Stream 2 deve permitir duplicar o fornecimento de gás natural russo para a Alemanha, passando sob o mar Báltico, mas evitando a Ucrânia, o que gerou a oposição de Washington - que há meses ameaça a Europa com sanções -, mas também de Kiev e países como a Polônia, preocupados com as ambições russas na Europa.
Segundo esses países, o gasoduto aumentará a dependência dos europeos frente ao gás russo e reforçará a influência de Moscou, enfraquecendo a Ucrânia, aliado dos ocidentais e por cujo território transitava até agora grande parte do gás russo.
A Rússia é o principal exportador de gás natural do mundo.
O gasoduto Nord Stream 2, que custou 9,5 bilhões de euros, é financiado igualmente entre a gigante russa Gazprom e as companhias europeias Wintershall e Uniper (alemãs), Shell (anglo-holandesa), Engie (francesa) e OMV (austríaca).
bur-dac/ylf/avz/me/mar/cc
OMV AG
ROYAL DUTCH SHELL PLC
Engie
GAZPROM
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