EUA cancela tarifas que iria impor à China no domingo
Washington, 13 dez 2019 (AFP) - O presidente americano Donald Trump anunciou nesta sexta-feira que os Estados Unidos não vai mais impor no domingo uma nova série de tarifas sobre 160 bilhões de dólares em mercadorias chinesas após a conclusão de um acordo com Pequim.
"As tarifas previstas para 15 de dezembro não serão impostas porque encontramos um acordo", tuitou Trump, pouco depois do anúncio por Pequim de um acordo preliminar prevendo uma redução "por etapas" das tarifas americanas.
"É um acordo fantástico para todo mundo. Obrigado!", acrescentou Trump, explicando que as negociações para a próxima fase vão começar "imediatamente".
Segundo Pequim, o texto inclui nove capítulos, referentes à propriedade intelectual, aos produtos alimentares e agrícolas, serviços financeiros, taxas cambiais, reforço das trocas comerciais ou ainda a resolução de conflitos.
Os dois países concordaram em realizar, o mais rapidamente possível, uma análise jurídica e a tradução do acordo, antes da assinatura final, declarou Wang, que não forneceu data.
Neste contexto, a China não vai impor novas tarifas punitivas contra os produtos americanos, como ameaçou fazer em caso de imposição de novas tarifas no domingo.
A China e os Estados Unidos estão envolvidos desde o ano passado em um confronto comercial que se traduz na imposição mútua de taxas alfandegárias adicionais que representam bilhões de dólares por ano.
"Os dois países alcançaram uma convergência de opiniões sobre o texto de um acordo econômico e comercial preliminar", declarou o vice-ministro chinês do Comércio, Wang Shouwen.
Os Estados Unidos querem que a China se comprometa a não subsidiar suas empresas públicas, abra seu enorme mercado a mais bens e reformule suas práticas econômicas e comerciais que, para Washington, constituem um abuso sistemático contra investidores estrangeiros.
Recentemente, no entanto, funcionários da Casa Branca disseram que poderiam chegar a um acordo menos ambicioso, chamado "fase um", mais focado em que China compre mais produtos agrícolas americanos.
Essa guerra comercial, que penaliza as empresas chinesas orientadas para a exportação, também pode prejudicar o crescimento do gigante asiático.
No terceiro trimestre, a China registrou 6% em ritmo anual, o crescimento mais baixo em 27 anos.
jca/AB/mr
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