Justiça decreta prisão de ex-ministro do Interior da Bolívia
La Paz, 17 Jan 2020 (AFP) - A justiça boliviana decretou nesta sexta-feira a prisão preventiva - por seis meses - de Carlos Romero, ministro do Interior do governo de Evo Morales, que abandonou o poder e fugiu do país em novembro, em meio a uma onda de agitação social por eleições fraudadas.
"Na audiência apelamos da decisão do juiz, que decretou prisão preventiva na penitenciária de San Pedro, por seis meses, com base na Lei 1173 de Abreviação do Processo Penal", informou Andrés Zuñiga, advogado de Romero, 53 anos, após quase sete horas de audiência.
O Primeiro Tribunal anticorrupção decidiu que diante do risco de fuga, o ex-ministro deve ser levado a San Pedro de La Paz, onde se encontram vários réus detidos durante a gestão de Romero.
O ex-ministro foi denunciado pelo Ministério Público por improbidade administrativa e prevaricação envolvendo a Unidade Executora de Luta Integral contra o Tráfico de Drogas (UELICN).
Romero, um poderoso colaborador de Evo Morales, foi detido na terça-feira por ordem do Ministério Público.
Ao ser levado para San Pedro, nesta sexta-feira, Romero foi agredido por ativistas de direita, apesar da escolta policial.
"Se acontecer algo com a vida do doutor Romero, o único responsável será o Ministério de Governo (Interior)", que atua como parte no julgamento, protestou Zuñiga diante do envio para San Pedro, uma das prisões mais lotadas da Bolívia.
rb/lr
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