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Mulher é forçada a fazer teste de gravidez em voo de Hong Kong

17/01/2020 11h05

Hong Kong, 17 Jan 2020 (AFP) - Uma companhia aérea de Hong Kong obrigou uma japonesa a fazer um teste de gravidez antes de lhe permitir embarcar para uma ilha do Pacífico, para onde muitas mães viajam para que seus filhos tenham nacionalidade americana.

Em novembro, Midori Nishida, de 25, foi escoltada até um banheiro público no aeroporto de Hong Kong. No recinto, pediram-lhe que urinasse para fazer o teste de gravidez.

Quando comprovaram que não estava grávida, ela obteve permissão para embarcar em um voo da companhia Hong Kong Express, rumo ao território americano de Saipan.

Em um questionário, Nichida havia declarado não estar grávida. Ainda assim, os funcionários da empresa lhe pediram que se submetesse a uma avaliação "apta para voar", criada para mulheres com tamanho corporal, ou forma similar à de uma grávida.

O resultado do teste deu negativo. "Foi muito humilhante e frustrante", disse Nishida ao "Wall Street Journal".

A jovem cresceu em Saipan, uma ilha onde sua família viveu por mais de 20 anos.

A empresa pediu desculpas a Nishida e disse à AFP que a prática foi interrompida.

"Suspendemos imediatamente a prática, enquanto ela é revista. Gostaríamos de nos desculpar pela angústia causada", afirmou a companhia, em um comunicado.

A Hong Kong Express explicou ter tomado "medidas em voos para Saipan a partir de fevereiro de 2019 para ajudar a garantir que as leis de migração americanas não fossem minadas". Ainda segundo a empresa, o objetivo era atender às preocupações das autoridades da ilha.

"Reconhecemos as importantes preocupações que esta prática causou", afirmou.

Saipan é um destino popular para as mulheres que desejam dar à luz em solo americano para garantir esta cidadania para seus filhos.

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