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Nove padres e religiosos são investigados na Itália por abuso sexual de menores

Getty Images/iStockphoto
Imagem: Getty Images/iStockphoto

Roma

29/01/2020 15h18

Um grupo de nove padres e religiosos de uma comunidade dissolvida pelo Vaticano está sendo investigado pela Justiça italiana por suspeito de abuso sexual de dois menores de idade em Prato, perto de Florença, informaram fontes da imprensa local.

Os padres e religiosos faziam parte da congregação Discípulos da Anunciação, suspensa em dezembro pelo Vaticano, após uma série de queixas e irregularidades feitas por eclesiásticos, vítimas e familiares.

O bispo de Prato, monsenhor Giovanni Nerbini, em entrevista coletiva realizada hoje, garantiu sua colaboração com a Justiça italiana, conforme previsto nas novas normas canônicas, que dão prioridade às vítimas, e até adianta que ele solicitou pessoalmente a abertura da investigação judicial.

Em uma decisão considerada histórica, o papa Francisco eliminou em dezembro o segredo pontifício por denúncias de abuso sexual, a fim de dar maior transparência e impedir que os casos fossem encobertos diante de uma realidade que desacreditou bastante a Igreja Católica.

Os dois jovens irmãos, cujos pais confiaram na comunidade para sua educação, denunciaram à Justiça que haviam sido vítimas de abuso sexual quando eram menores de idade.

Entre os acusados está o padre Giglio Gilioli, de 73 anos, fundador da comunidade há dez anos.

"Não escondo minha dor e minha profunda preocupação e gostaria que as acusações não fossem verdadeiras. Mas a igreja de Prato quer saber a verdade antes de tudo. Portanto, espero que o judiciário, no interesse de todos, conclua as investigações o mais rápido possível", declarou Nerbini.