Cruz Vermelha deseja que países repatriem seus cidadãos detidos na Síria por jihadismo
Genebra, 2 Fev 2020 (AFP) - Os países devem "assumir sua responsabilidade e encontrar soluções para a repatriação" de seus cidadãos detidos na Síria ou Iraque por terem integrado grupos jihadistas, afirmou neste domingo o presidente do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), Peter Maurer.
"Quando vejo as condições dos campos onde vivem as famílias dos jihadistas no Oriente Médio, na Síria ou Iraque, percebo a urgência da situação", declarou Maurer ao jornal suíço Le Matin Dimanche.
"Os países devem assumir sua responsabilidade, encontrar soluções de repatriação e julgar as pessoas que devem ser julgadas pelos crimes que cometeram", completou.
Em janeiro, uma Comissão Independente de Investigação (COI) sobre a Síria, criada pela Comissão de Direitos Humanos da ONU, fez uma advertência sobre a situação dos filhos de jihadistas estrangeiros na Síria.
Em novembro, uma representante do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, Marie-Dominique Parent, afirmou que entre 700 e 750 filhos de cidadãos dos países da União Europeia estavam retidos em condições precárias nos campos do nordeste da Síria.
No total, 12.000 estrangeiros (4.000 mulheres e 8.000 menores de idade) estão instalados em três campos de deslocados no nordeste da Síria, segundo as autoridades curdas que controlam a região.
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