França avança na investigação sobre festas de Carlos Ghosn em Versalhes
Paris, 19 Fev 2020 (AFP) - A investigação na França sobre suspeitas de abuso de confiança pelo ex-presidente da Renault Carlos Ghosn, foi aprovada por um juiz investigador, anunciaram os promotores quarta-feira, quase um ano após a abertura de uma investigação preliminar.
Suspeita-se que o ex-presidente da aliança Renault-Nissan tenha organizado duas festas privadas no Palácio de Versalhes, em troca de um contrato de patrocínio assinado entre a Renault e o estabelecimento que administra o palácio.
Suspeita-se também que o executivo franco-brasileiro-libanês tenha obtido graças a esse patrocínio o aluguel do Grand Trianon, uma dependência no parque do palácio, para a celebração em outubro de 2016 de seu casamento com Carole Ghosn, um serviço avaliado em 50.000 euros.
Carlos Ghosn fugiu há mais de dois meses do Japão, onde é acusado de peculato financeiro revelado pela fabricante japonesa Nissan.
Ele foi libertado sob fiança e colocado em prisão domiciliar no Japão com a proibição de deixar o país. Mas conseguiu sair no final do ano e se refugiar no Líbano, alegando que não teria um julgamento justo no Japão.
Carlos Ghosn, de 65 anos, foi forçado a deixar seu cargo de CEO da Renault em 23 de janeiro de 2019, quando estava preso no Japão.
cal-meb/mb/cc/ll
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