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Defesa de Assange denuncia tratamento na prisão do fundador do Wikileaks

25/02/2020 11h55

Londres, 25 Fev 2020 (AFP) - "Algemado onze vezes" e "despido duas vezes". A defesa britânica do fundador do WikiLeaks reclamou nesta terça-feira do tratamento infligido a Julian Assange no segundo dia de sua audiência de extradição para os Estados Unidos, que quer julgá-lo por espionagem.

Dez anos após a divulgação pelo WikiLeaks de mais de 700.000 documentos confidenciais sobre as atividades militares e diplomáticas dos EUA, a justiça britânica começou na segunda-feira a examinar o pedido das autoridades americanas para a extradição de Assange.

A juíza Vanessa Baraitser afirmou que seus poderes são "limitados" em termos do tratamento que as autoridades prisionais dão aos detidos, embora tenha enfatizado esperar que Assange seja tratado como qualquer outra pessoa.

O advogado do governo dos Estados Unidos apoiou os comentários da defesa, garantindo não desejar que o tratamento penitenciário coloque em risco o procedimento.

A justiça britânica examinará o pedido de extradição dos Estados Unidos durante toda esta semana e novamente durante três semanas a partir do dia 18 de maio.

Para aprovar o pedido, deve-se garantir que respeite um certo número de critérios legais e, em particular, que não seja desproporcional ou incompatível com os direitos humanos.

Este é precisamente um dos principais argumentos da defesa de Assange, cujo tratamento foi denunciado por inúmeros médicos e observadores internacionais que alertaram sobre a saúde física e psicológica do fundador do Wikileaks.

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