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Rússia afirma na ONU querer desescalar conflito na Síria

29/02/2020 00h58

Nações Unidas, Estados Unidos, 29 Fev 2020 (AFP) - A Rússia está "pronta para trabalhar em uma desescalada com todos os que desejarem" na região de Idlib, noroeste da Síria, declarou o embaixador russo nas Nações Unidas, Vassily Nebenzia, durante reunião do Conselho de Segurança nesta sexta-feira.

Um dia após declarar que o Conselho de Segurança estava realizando muitas reuniões sobre a Síria, o diplomata admitiu que "a situação piorou e está muito tensa" na região de Idlib.

"Uma delegação russa se encontra em Ancara para estabilizar a situação", disse Nebenzia durante reunião de emergência do Conselho de Segurança convocada a pedido de Reino Unido, Estados Unidos, Alemanha, França, Bélgica, Estônia e República Dominicana.

Na sexta reunião do Conselho de Segurança sobre a Síria desde o início de fevereiro, Nebenzia reafirmou que Moscou "não participou dos ataques" atribuídos a Damasco que na quinta-feira mataram 34 soldados turcos.

"Os turcos informam constantemente aos russos sobre suas posições, que são transmitidas ao Exército sírio para garantir sua segurança", mas as "coordenadas" das posições turcas atacadas na quinta ainda "não haviam sido transmitidas".

Durante a reunião, a maioria dos membros do Conselho de Segurança pediu um cessar-fogo urgente, as vezes criticando a Rússia e seu apoio a Ancara.

"A escalada militar em Idlib precisa ser detida, e agora", disseram os membros europeus do Conselho. "Estes ataques revelam que o regime sírio, assistido e apoiado politicamente pela Rússia, continua com sua estratégia militar a qualquer custo, sem se preocupar com as consequências de suas ações sobre os civis".

"Pedimos à Rússia que mantenha imediatamente seus aviões de guerra no chão e pedimos a todas as forças sírias e seus aliados que se retirem para trás das linhas de cessar-fogo definidas em 2018", declarou a diplomata americana na ONU, Kelly Craft.

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