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Canadá anuncia novo plano de ajuda de 57 bilhões por conta da Covid-19

18/03/2020 21h45

Ottawa, 19 Mar 2020 (AFP) - O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, anunciou nesta quarta-feira um novo plano de assistência de cerca de 57 bilhões de dólares em ajuda e isenções de impostos para trabalhadores e empresas por conta dos problemas causados pela pandemia do novo coronavírus.

O plano inclui 18,6 bilhões de dólares em ajuda e isenções fiscais de cerca 38 bilhões que podem ser estendidos até agosto para atender às necessidades de dinheiro de famílias e empresas do país.

Essas são medidas "excepcionais" por um "período excepcional", disse Trudeau em uma entrevista coletiva fora de sua residência, onde ele e sua família se isolam depois que sua esposa Sophie foi diagnosticada com o vírus da Covid-19.

O primeiro-ministro canadense disse que o pacote de assistência equivalente a 3% do PIB do país.

O Canadá tem 569 casos confirmados de coronavírus e oito mortes, segundo o Ministério da Saúde.

"Este é um momento em que você deve se concentrar em sua saúde, e não se perderá o emprego ou não, se ficará sem dinheiro para coisas como comida e remédios", afirmou Trudeau.

Os fundos serão desembolsados por meio de programas sociais, como seguro-desemprego e benefícios fiscais para crianças, incluindo um subsídio de renda quinzenal de 900 dólares para trabalhadores que precisam ficar em casa e não têm acesso a licença médica paga.

"Nosso governo está preparado para fazer o que for necessário para manter nossa economia forte e estável", disse o ministro das Finanças, Bill Morneau.

"Geralmente, meu trabalho é garantir que mantivemos nosso histórico fiscal ... Mas agora, como ministro das Finanças, meu único trabalho é garantir que os canadenses possam ter comida na geladeira, para manter um teto sobre suas finanças, que possam pagar pelos remédios de que precisam", afirmou.

A injeção na economia também inclui ajuda para os sem-teto e abrigos de emergência e um subsídio salarial para incentivar os empregadores a manter funcionários no trabalho, além de adiamentos de hipotecas e outros pagamentos de empréstimos bancários.

"Precisamos que as empresas continuem ativas para que possam manter os funcionários trabalhando", disse Morneau.

Mas ele acrescentou: "Não podemos saber o impacto total ou a duração do desafio que estamos enfrentando" e mais medidas podem ser implementadas.

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