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Terceiro sudanês é detido em investigação por ataque com faca na França

4.abr.2020 - Um homem matou duas pessoas e feriu outras sete a faca, neste sábado (4), em Romans-sur-Isère - Jeff Pachoud
4.abr.2020 - Um homem matou duas pessoas e feriu outras sete a faca, neste sábado (4), em Romans-sur-Isère Imagem: Jeff Pachoud

05/04/2020 10h19

Um terceiro sudanês foi detido no sábado à noite, no âmbito da investigação sobre o ataque a faca cometido por um refugiado desta nacionalidade em Romans-sur-Isère, no sudeste da França —informou a Procuradoria Nacional Antiterrorista neste domingo (5) à agência de notícias AFP.

Trata-se de um "jovem sudanês que morava no mesmo centro" que o autor do ataque, segundo a Procuradoria.

Esta detenção se soma à de outros dois homens, também sudaneses.

Além de Abdallah Ahmed-Osman, nascido em 1987, há um segundo indivíduo apresentado como "um de seus conhecidos". Ele foi detido "na casa (de Abdallah Ahmed-Osman), mas não morava com ele".

No sábado pela manhã, armado com uma faca, Abdallah Ahmed-Osman agrediu várias pessoas em lojas da localidade de Romans-sur-Isère.

Duas pessoas morreram, e cinco ficaram feridas. Duas delas estão na unidade de terapia intensiva.

Ahmed-Osman obteve status de refugiado em 29 de junho de 2017 e permissão de residência por 10 anos em julho do mesmo ano. Ele não é conhecido pelos serviços da polícia ou da Inteligência franceses, nem europeus.

A Procuradoria Nacional Antiterrorista abriu uma investigação por "assassinatos em relação com uma organização terrorista" e "associação de terrorista criminosa".

O agressor diz "não se lembrar do que aconteceu", acrescentou a mesma fonte.

Durante uma batida na casa do suposto autor, foram encontrados "manuscritos com conotação religiosa, em que ele se queixa de viver em um país de infiéis", segundo a Procuradoria.

A França vive a terceira semana de confinamento de sua população para conter a propagação do novo coronavírus. O país vive sob ameaça terrorista desde a onda de atentados jihadistas sem precedentes iniciada em 2015, em que morreram 256 pessoas. Desde 2013, os serviços de segurança frustraram 60 ataques.