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Empresas de Nova York se transformam e fabricam roupas cirúrgicas

06/04/2020 14h13

Nova York, 6 Abr 2020 (AFP) - Os antigos estaleiros do Brooklyn, muito utilizados na Segunda Guerra Mundial, estão no centro dos esforços de Nova York para enfrentar a falta de equipamento médico durante a pandemia de coronavírus: duas pequenas empresas fabricam viseiras protetoras para a equipe médica, enquanto outras duas começaram a fazer roupas cirúrgicas nesta segunda-feira (06).

O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, parabenizou as empresas Crye Precision, que fabrica regularmente equipamento de proteção para militares, e Lafayette 148, de design de modas, por se aliarem para produzir milhares de roupas cirúrgicas.

"Estas duas empresas criaram um produto que nunca haviam fabricado. É inspirador ver a rapidez com que as pessoas tentam encontrar uma maneira de ajudar", destacou o prefeito da cidade americana mais afetada pelo vírus, com mais de 67.000 casos confirmados e mais de 3.000 mortes.

"Temos um inimigo invisível, um inimigo feroz (...). Mas estamos revidando", afirmou em conferência de imprensa.

A fundadora da Lafayette 148, Deirdre Quinn, admitiu que "isso não é exatamente moda, mas é o que se precisa desesperadamente e o que queríamos fazer".

Mais de 9.000 roupas cirúrgicas sairão da fábrica nesta segunda-feira, cerca de 19.000 até o final da semana e 320.000 até o final do mês, segundo de Blasio.

Na semana passada, os hospitais desta cidade de 8,6 milhões de habitantes utilizaram 1,8 milhão de roupas hospitalares e, nesta semana, são estimadas 2,5 milhões.

O prefeito se parabenizou pela chegada de 600.000 novas máscaras N95 nesta segunda-feira, enviadas pelo governo federal.

"São suficientes para a semana (...). Isso muda definitivamente a dinâmica para esta semana", afirmou.

Nova York continua buscando respiradores e mais equipe médica. Para o mês de abril, estima que são necessários mais 45.000 médicos e enfermeiros.

Mais de 290 médicos militares ou enfermeiros chegaram de vários pontos do país no domingo, para reforçar os hospitais de Nova York. O prefeito, no entanto, enfatiza que serão necessários várias centenas a mais.

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